Cada candeeiro
não era mais do que um
ponto de luz
ao fundo da janela
e enquanto a cidade dormia
tudo se transformava
ficava líquido e transparente,
e límpido,
e raras palavras
formavam círculos
concêntricos
no espaço preenchido
pela água.
E enquanto a cidade
se movia
dentro das casas, ela
assentava as sandálias
nos degraus
da estrada
olhava por trás
do chapéu de chuva
para as nuvens escondidas
no escuro,
para a música
e para tudo o mais
que ali não estava.
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