Violeta visualizava
uma ideia
dentro de si,
nem via as árvores verdes
nem as aves voando.
Só de vez em quando
via o outono através
das folhas que jaziam
no chão.
(E mesmo as folhas
Violeta via-as porque
atravessava com os olhos
os vidros
da viatura enorme
que rodava com ela,
de cabeça encostada
às voltas da estrada.)
Só contava os passos
que faltavam
para chegar a casa
quando
ia e vinha entre estações,
e via as gaivotas equilibradas
nos vãos das escadas
pássaros vadios,
vagabundos que viviam
a sua vida por ali.
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