segunda-feira, 9 de julho de 2018
#Urga
O impensável
não há lugar para ele
era incapaz
afirmo ser apenas
e só
a minha profunda
convicção.
Já o disse mais vezes,
tenho outros,
outros, outros...
São os deuses
que me acenam,
por exemplo.
Olá..., as mãozinhas
esticadas para mim
e eu lá tenho
que responder,
contrariada.
Ou a neve...,
mais raramente,
sem eu saber porquê.
Até as gárgulas me
cumprimentam
me transmitem
tantos recados,
ao mesmo tempo
nos movimentos
lentos
da pedra.
E prossigo eu
no meu caminho,
a borracha das botas,
a ecoar por ali,
a cada passo
nos quadrados
do passeio
com aquela luz.
Clarão amarelo
que tudo preenche,
menos a sombra.
E que sai das
lâmpadas
que iluminam
de noite,
juntando-se às folhas
que estremecem,
indolentes,
soprando novas.
Boas novas
palavras novas
para um
novo discurso,
que sairá
das bocas
dos gnomos
atrás dos troncos,
e que falam
o que eu quiser.
Com os seus
sorrisos
enigmáticos
a segurar
o silêncio
do resto das
coisas.
Até #Urga,
por este
mundo fora.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário